O Villa Hauer Cultural é um espaço que se propõe a promover a arte e os artistas, oportunizando acesso ao melhor do talento, da criatividade, da expressão e da liberdade. – Alfrredo Gomes Filho, Claudia de Lara Samways, Geraldine Marie Gomes e Joel Samways Neto.
O Villa Hauer Cultural é um espaço que se propõe a promover a arte e os artistas,oportunizando acesso ao melhor do talento, da criatividade, da expressão e da liberdade.
A exposição “Ninhos” é uma exposição coletiva de artistas visuais que entroniza o espaço de exposições do Centro Villa Hauer de Cultura, segundo o curador da mostra João Henrique do Amaral, é uma mescla de artistas de origens, gerações, técnicas e discursos diversos, que reunidos, formam uma reverencia à energia do elemento feminino, nos seres e nas coisas.
Os participantes são Ida Hannemann de Campos, Claudia de Lara, Denise Roman, Maines Olivetti, André Malinski e Thalita Sejanes. A mostra é a primeira do Ciclo de Exposições do Centro Villa Hauer de Cultura, de uma série de três, que até junho/julho, movimentará, juntamente com o teatro, as atividades neste novo endereço de produção cultural na cidade.
A partir da Tapeçaria executada pela artista Ida Hannemann de Campos.
A artista é uma pintora atuante aos 90 anos, Ida Hannemann de Campos é também a tapeceira por excelência dos registros das populações tradicionais dos Paranás. Pelas viagens do folclore, Ida documentou e transformou em tapeçaria, as magistrais estórias contadas nas diversas e diferentes regiões do Estado, promovendo com riqueza visual aspectos da personalidade profunda do paranaense.
Denise Roman, minha amiga, me permito registrar que, além da tua voraz inteligência, consumidora criatividade e talento iluminado é também bela como a sábia árvore geratriz. Aquela que protege com a fúria do amor, que embala e sublima. Tua gravura, Denise, me lembra, melhor, me dá uma memória do que eu nunca vi, um estado de amorosidade pelos acontecimentos e formas "entre vistas" que, percebo, as crianças decifram com cumplicidade.
Obra de Andre Malinski, O Menino flutuando, o ambiente escuro que espalha, esparge lux, é um chamado a vida, gerar e trazer a luz, feito máximo do universo feminino – que aqui, ultrapassa a prática institucional do nascimento do Menino Jesus (transformado num bazar), para assimilar o sentido e sentimento universal da Boa Nova, a luz sinalizadora, o fruto do ventre da mãe, com otimismo, ser comemorado todos os dias da vida.
O mantra manual que Thalita Serjanes promove em sua performance, elabora do alto da sua solidão construtiva, tal Ariadne contemporânea, tece a enorme teia, corda, cordão, umbilical nó, fibra, veia, entrega despojada…Encontro curioso do conteúdo e forma, a atuação da jovem artista prende a atenção e o fio da meada.
Metamorfose, transformação, mutação, eclosão, distúrbios, emoção, reviravolta, surpresa, receios. A zona de conforto em que a criatividade se instala, é clássico nos artistas e de tempos em tempos é sacudida. Tremendamente sacudida. Claudia de Lara ousou ouvir a intuição e entregou-se a metamorfosear em pintura intensa – e quando me refiro a "pintura intensa" me refiro ao ato de pintar como "revestir com matéria corante o espaço plano da tela" com a técnica que desde sempre exibiu, e nesse seu momento, a serviço de uma emoção recente, incontida, espontânea e divisora de águas.
Texto de Joao Henrique do Amaral
Mainês Olivetti, artista plástica, atua em diferentes áreas da arte, principalmente na captura, criação e edição de imagens para videoarte, animações, fotografias. Vive e trabalha em Curitiba. Pós graduação em História da Arte Moderna e Contemporânea pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, formada em História pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de União da Vitória PR.
Alem da exposicao Ninhos temos as intervenções externas com os artistas Retta Rettamozo, Sandra Hiromoto e Osmar Carboni, e intervencao de fachada de Claudia de Lara. E as intervencoes internas com André Coelho e Taíme Gouvêa.
A artista Claudia Lara e o grupo da Villa Hauer convidou alguns artistas para fazerem intervenções nos muros do local onde funcionará o Centro Cultural.
Fachada Claudia de Lara:“Roda-gigante”
A roda que eleva as pessoas para outro status.
No caso de um espaço cultural, a cultura levando ao publico e participantes uma elevação em um sentido de fruição artística.
Intervenções no muro:
Muro 1 – Sandra Hiromoto – Óbvio Cotidiano
O tema de sua pintura é a paisagem do cotidiano. A intervenção na Villa Hauer Cultural tem como inspiração a viagem que a artista fez ao Japão, pondo em evidência o universo da mulher japonesa. As figuras da “gueixa” conhecida no Ocidente são sobrepostas à paisagem urbana, criando um contraste entre o tradicional e o moderno. E esta cena, que pode causar surpresa ao olhar ocidental, é o “óbvio cotidiano” no Japão.
Muro 2/1 – Retta de RETTAMOZO
A imagem vista do alto, a perspectiva do chão de Rettamozo. A menina que colhe um trevo de quatro folhas do chão do VHC
Muro 2/2 – Osmar Carboni
Uma homenagem ao Rio de Piracicaba, da cidade natal do artista, no seu estilo Carbonista, aonde fragmenta e abstrai os símbolos.
Também tem as intervencões internas
André Coelho
No meu trabalho para o Vila Hauer Cultural, procurei transpor para a parede o meu universo de flores e linhas que intitulo "Natureza Selvagem". São desenhos que surgem do "nada", do espaço vazio, e vão se desenvolvendo no momento da ação, geralmente sem planejamento. O interessante foi ver como um trabalho, que geralmente é feito com nanquim em uma folha de papel, se comporta numa superfície muito maior como uma parede. Para isto usei marcadores permanentes de alta aderência.
Taíme Gouvêa
A Exposição em quadros impressos de MDF, no tamanho de 30 x 45cm, é de tema variado abrangendo o feminino, a África e animais.
Estas, são obras produzidas com técnica mista como nanquim, aquarela, lápis de cor, maquiagem, café etc, feitos em papel canson.
Serão expostas no banheiro feminino e em outras paredes do Centro Cultural.
INAUGURAÇÃO
Dia 23/03, sábado, às 11 horas.
Na ocasião, haverá uma performance circence com Ana Claudia Xavier, Eva Holland e Mariana Benatto, com música de LO.
A exposição é aberta ao publico. Com ENTRADA FRANCA. Depois da abertura a visita é mediante agendamento no telefone (41) 3333-7652.
Endereço: Villa Hauer Cultural – Rua Bom Jesus do Iguape nº 2121, Hauer.
Informações telefone: (41) 3333-7652.
Legenda: Tapeçaria de Ida Hannemann de Campos.